quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Paranóia começa a dar resultado

Minha vida está com dedicação muito mais do que integral ao vestibular. Hoje cheguei ao cursinho às 7 da manhã para a aula e só saí às 22:40, depois da última aula do noturno, que eu quis assistir. O dia todo estudando, entre livros, exercícios e aulas.

Bom, mas as coisas começam a dar resultado. A Fuvest não foi o sucesso que eu esperava, mas passou longe de ser um fracasso. Salvo uma mudança muito drástica, eu irei para a segunda fase. Sem grande vantagem, mas com chances.

Saiu a convocação para a segunda fase da UEL hoje também. E eu estou nela!

Para terminar o dia bem, ainda vi um e-mail com uma excelente notícia profissional - uma oportunidade que eu terei que provar que sou capaz de agarrar e aproveitar. Uma prova, que deve acontecer no meio de dezembro. Não vou antecipar pra não dar nada errado. ;)

sábado, 24 de novembro de 2007

Um dia de 365 dias

Chegou a hora. Foi um ano inteiro de preparação visando a chegada deste momento. Foi um ano com muitos finais de semana em casa, estudando. Muitas noites mal dormidas, muitas aulas, muitas horas de estudo.

Foi ano de conhecer pessoas que olham para frente, que buscam os sonhos, que se sacrificam para chegar lá. Foi ano de olhar por cima do muro, ir além do óbvio, do fácil. O caminho dos sonhos nunca é fácil, seja para quem for.

Conheci o Anglo. Uma instituição famosa, certamente o cursinho pré-vestibular mais conhecido de São Paulo. Estudei à noite, tive aulas com professores muito acima da média. Pessoas que nos estimulavam a ir além, buscar mais do que aquilo que estava fácil. Descobri por que é lá é o melhor cursinho.

Deixei o trabalho formal e passei a me dedicar, durante quase três semanas, mais de 80% do meu tempo para os estudos, para a preparação que eu sonhava podem ter o ano inteiro, mas que não é possível.

Conheci Londrina. Cidade bela, com uma das melhores universidades deste país. Conheci pessoas cheias de garra, com um incontrolável desejo de fazer o curso onde a concorrência é mais qualificada: Medicina. E vi estas pessoas sorrir diante da dificuldade. Sorriem, porque sabem que não é fácil, mas sabem que estão se preparando para dar o seu melhor.

Agora, é chegada a hora e vez. É hora de colocar os nervos no lugar e fazer o melhor possível. Muitos me perguntam se eu estou ansioso. Claro que sim! O que eu não deixo é que o nervosismo e a ansiedade dominem. Não tenho problema em controlar e usar a frieza para encarar a prova de amanhã.

Amanhã é o "dia D". O dia que vale pelo ano inteiro de trabalho. Que seja o primeiro passo para a consolidação de um sonho que persigo há tempos. Que venha coroar este ano, difícil sim, mas o melhor da minha vida.

Aos amigos que estão na mesma toada, que este domingo seja o melhor dia do nosso ano. E que segunda possamos comemorar, juntos, que o sacrifício do ano valeu.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

A vida da burguesia

Essa semana iniciei uma trajetória diferente. Passei a estudar de manhã, ao menos por esta semana. Isso porque aproveitei o meu período como freelancer para colocar as coisas em dias e ter tempo livre esta semana para me dedicar 100% ao vestibular - aquilo que eu me preparo desde o começo do ano.

Aulas de manhã. É, bem diferente sim. O número de aulas, o tempo, o ritmo, os alunos... Aliás, os alunos é um ponto interessnate. A princípio, quem estuda lá é a burguesia. Não se paga menos do que R$ 460, R$ 500 por mês para se estudar de manhã no Anglo. Diga-se de passagem: os cursos do Anglo são excelentes. Diria, sem medo de errar, que é o melhor cursinho de São Paulo.

Mas voltando aos alunos, algo que gosto muito de ver é que a sala de estudos do Anglo está sempre cheia. E a maioria absoluta da sala pertence justamente ao período da manhã. As pessoas passam o dia - alguns até a noite - estudando. O legal é ver que há quem aproveite a oportunidade de estudar de manhã, ser bancado pelos pais e ter 100% do tempo dedicado ao vestibular. Eu não tive essa chance, mas acho muito legal quem tem e aproveita. Especialmente porque, até então, via muita gente que tinha essa chance jogar pela janela.

Senti uma ponta de inveja deles, confesso. Adoro estudar, ainda mais quando tenho um objetivo tão claro como passar no vestibular de jornalismo - que este ano é o curso mais concorrido da Fuvest, por sinal. Essa pontinha de inveja começou ainda em Londrina, quando conheci algumas pessoas da manhã - eu sou da noite. Senti vontade de poder me dedicar com ainda mais afinco para o vestibular. Muito mais do que a inveja, porém, foi a amizade que construí - ou comecei a construir - com aquelas pessoas.

Hoje fui à aula de manhã. Muito diferente,c omo eu dizia. Mais divertido, muito mais tarefas. Passei a tarde toda estudando. À noite, fui para a aula à noite. Das 7 da manhã às 10 da noite no cursinho. E vem aí a Fuvest, no próximo domingo, minha gente... Preparem-se!

domingo, 18 de novembro de 2007

Ah, Londrina...

Exatamente há uma semana atrás, eu estava em Londrina. Uma cidade belíssima do norte paranaense. Com quase 500 mil habitantes e IDH 0,824, Londrina é uma cidade muito atraente. Isso se vê mesmo ficando tão pouco tempo como fiquei - do fim da tarde de sábado à noite de domingo.

Para um paulistano nato como eu, Londrina tem muitos atrativos: o ar limpo, a infra-estrutura de cidade grande sem trânsito ou caos, organização, limpeza, beleza, mulheres belas... Além das boas referências que já tenho, em função de duas amigas minhas morarem lá e tecerem elogios sempre que pergunta a elas.

Não falei propositalmente sobre a Universidade Estadual de Londrina, a conhecida UEL. A universidade é excelente, famosa, com bom reconhecimento na minha área. E se no começo do ano, a idéia de mudar de cidade me parecia muito ruim, hoje eu já mudei completamente de opinião. Mudar de cidade, especialmente para um lugar como Londrina, me parece excelente.

O problema foi que a prova foi muito mais difícil do que todos esperávamos. Mas a história começa um pouco antes.

Sábado de manhã, rodoviária da Barra Funda. Começa a jornada rumo a Londrina. Fomos nos agrupando aos poucos. Seríamos oito, no total. Quase todos com o mesmo objetivo: medicina. Não era o meu caso. Aliás, eu acho que fui o único do Anglo - o cursinho, que organizou a viagem - que fui para lá prestar Jornalismo. Mais: o único a prestar um curso de humanas.

Ah, mas falando nisso, esqueci de citar que os oito que citei acima eram os "excluídos". Isso porque a viagem organizada pelo cursinho era limitada, mas venderam mais vagas do que de fato haviam. Deu overbook no ônibus!

Nos deram passagens de ônibus tradicional - os demais iram pelo ônibus fretado -, com um funcionário do Anglo junto, como monitor. Em Londrina, encontraríamos o resto do grupo.

Viagem boa, amizades novas. Letícia, a polaca, estudiosa, bela, educadíssima, inteligente, uma das pessoas mais simpáticas que conheci. Segundo ano de cursinho. Medicina. Thiago, o monitor. Interiorano, engraçado, companheiro. Guilherme, daqueles que aproveitam a vida. Queria odonto, mas queria sem muito saber se quer. Kaká, simpática, divertida, nos tornamos amigos num piscar de olhos - no caso, literalmente, entre uma soneca e outra da viagem. Ela também queria Medicina. Mari, menina tímida, muito bonita, simpática, inteligente, usa óculos - o que é sempre um charme. Medicina. Pedro, quieto, tímido, quase não falou conosco. Mas sei que ele queria Veterinária. A Carol também não era de falar muito. Nem sei se ela queria Medicina. Provavelmente sim.

Em Londrina, ficamos em um hotel cinco estrelas. Bom hotel. Quartos triplos. Dois candidatos à medicina. Eles, como quase todos da viagem, estudavam de manhã. É quase obrigatório: só se pode querer medicina se estudar de manhã, tiver tempo para se dedicar a isso.

Como chegamos já no fim da tarde, não tínhamos muito o que fazer além de descansar. O pessoal saiu para jantar, mas eu fui encontrar uma das pessoas mais fascinantes com quem já havia conversado: Jana.

Aquela mulher é muito diferente de tudo que vi por aí. Ela é linda, sem dúvida, seja pela pele, pelo cabelo, pelo rosto, pela boca, pelo corpo ou pelos olhos azuis-infinito, enfeitiçadores. Mas muito mais do que bela, ela é inteligentíssima, sagaz, nada fresca, maldosa, sarcástica, ácida, irônica. Mulher acima da média - até porque a média é uma merda, se permitem o trocadilho.

Fomos dar uma volta pela cidade e ela me mostrou um pouco daquela bela cidade. Eu mal tinha conseguido "chegar". Ainda estava cansado pela viagem e vê-la foi ótimo. Fomos comer no shopping - algo que parece igual em qualquer lugar. Rimos, nos divertimos com o pouco tempo que passamos juntos. E o tempo foi mais do que suficiente para me encantar com aquela bela cidade, com o pouco que ela me mostrou - que pareceu muito aos meus olhos.

Chega a manhã. E chegaram várias vezes para mim. Acordei duas ou três vezes já de manhã. Era cedo, dormia mais. Até acordar, ir tomar café e aguardar a hora de sair pra a prova. Sim, porque almoçar que é bom nada. Sairíamos meio-dia. Rodaríamos pela cidade toda, pelos pontos de prova, deixando cada um em um local para a prova.

Ponto a ponto, as pessoas foram ficando em seus locais de prova. O meu era o penúltimo. E lá fomos nós. Quatro horas de prova, 60 questões, muito texto, sociologia, filosofia. Imaginei que sociologia e filosofia não seriam tão pesados. Mas foram. Uma prova massacrante. Muito texto, questões sem ordem de matérias. Muito mais difícil do que eu esperava.

Curiosidades engraçadas, para não dizer ridículas, da prova da UEL: antes de entregar a prova, fui ao banheiro. Isso porque depois de entregue a prova, não era mais permitido. Na porta do banheiro, um detector de metais. Estranho, estranho. Mas tudo bem. Já dentro do banheiro, o monitor me acompanhou (??) e ficou me olhando enquanto eu, aham, urinava. Quer dizer, travei. Porra, que negócio é esse de ficar olhando enquanto mijo? Demorei um pouco para conseguir finalmente fazer o que tinha que fazer. Que coisa mais pentelha.

Fim de prova, fomos todos esperar o ônibus nos buscar. E esperamos. Duas horas. Deu tempo até de pegar o caderno da prova - que só pode ser retirado uma hora e meia depois do término da prova, algo que também não tem muito sentido, mas enfim.

Pelo atraso, tivemos que ir direto para a rodoviária. Chegamos faltando cinco minuitos para a partida. E achei que voltaríamos todos cansados, dormindo a viagem toda. Ledo engano. No primeiro trecho da viagem, antes da primeira parada, viemos conversando Thiago, Mari, Leticia e eu. Altas horas e a parada só serviu para comermos um pão de queijo.

O segundo trecho já teve um pouco de cochilo. Um pouco. Dormíamos um pouco, conversávamos um pouco. Aliás, só nós, porque o ônibus toda dormia. Só no último trecho da viagem que dormimos mais. Dormíamos mesmo, gostoso, quando o ônibus chegou a São Paulo. Eram 4:11 da manhã. A maioria do grupo - e dos alunos do Anglo que foram a Londrina - iria direto para as aulas, logo pela manhã. Eu, como estudava à noite, fui para casa. Isso, claro, depois que o metrô abriu, às 4:40 da manhã. Peguei o primeiro ônibus que saiu da estação, com destino à minha casa.

Dormi três horas depois que cheguei em casa. Fiquei como se estivesse fora do fuso horário. Voltei sabendo que precisaria trabalhar ainda no free lance que eu tinha. E estudar, muito, para dar conta do que viria pela frente: semana de revisão.

O saldo da viagem para Londrina foi muito positivo. A prova foi difícil, mas foi difícil para todos. Resta uma esperança. E além da diversão da viagem, as amizades ficam. Sem falar em ter encontrado Jana, uma pessoa fantástica. Tomara que eu passe para a segunda fase, para poder voltar para lá. Ah, Londrina...

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Gentleman, start your engines!

Está iniciado a maratona. A partir deste fim de semana, começaram os vestibulares. Ok, no meu caso são dois: dominfo, 11/11, na UEL (Universidade Estadual de Londrina) e a Fuvest, no dia 25/11. Caso passe para a segunda fase da UEl, as provas serão nos dias 9 e 10/12. Já a Fuvest tem suas provas de segunda fase nos dias 6, 7 e 8 de janeiro.

Amanhã eu parto para Londrina (digo amanhã meramente por uma questão psicológica, uma vez que já é mais de uma da manhã e, na prática, já é sábado). Volto somente no domingo à noite, após a prova.

E vamos ver o que dá isso.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

O mundo é um moinho, como diz Cartola

Autor. É assim que me sinto. Autor da minha vida, do meu rumo, da minha história. Incrível como é fácil diluir as expectativas e torna-se expectador da própria existência.

Enquanto trabalhava por meus sonhos futuros, meu presente estava apenas existindo, nada mais. Percebi que isso podia mudar. Percebi que há outros caminhos, que o sonho do futuro não será afetado pelo profissional do presente.

O mais grave é não ter mais orgulho do que faz. Aliás, muito antes disso, eu tive até vergonha. Fazer algo que não tem a qualidade que sei que poderia ter é triste. Ainda mais quando é imposto e, mais ainda, indiretamente, pelas relação entre empresas, clientes, parceiros, seja lá o que for.

De repente, a chance de mudar. Ser free. Como queria.

A falta de tempo, louca, insana, maluca. Agora não seria mais assim. Teria tempo para me dedicar à construção do meu sonho, com mais empenho, mais descansado, com dedicação mais intensa. O futuro com bloquinhos de papel (ou, até lá, palms ou notebooks) depende desse ano. De um dia desse ano.

É o vestibular. É preciso passar por ele primeiro. Se no ano passado faltou pouco, esse ano não pode faltar. E não vai. As loucuras de almoçar sozinho, em cinco, dez minutos, para depois ficar enfurnado nos livros, estudando tudo que posso. Isso não pode mais acontecer. Não é saudável. Preciso de dedicação, preciso de tempo.

Freelancer.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Decisões à flor da pele

Semana difícil. Ir trabalhar já estava complicado, tudo muito desgastado. Fim de ano, segundo ano de busco por um só objetivo. Eis que surge a idéia de jogar tudo pro alto, buscar o meu objetivo com toda força e segurar as pontas como der.

Dúvida. Contas. Planilhas. Mais dúvidas. Problemas. Soluções?

Decidir pelo próprio futuro. Nunca tive medo de mudanças, mesmo quando elas são arriscadas. Especialmente nos últimos dois anos, quando tomei a minha vida para dirigi-la de forma diferente. Dirigi-la de forma autoral.

E a mudança virá, de novo. Nada é fácil, mas parece que mudar é uma opção feliz. Feliz porque parece me aproximar de uma meta. Na visão de alguns, talvez eu abra mão da carreira. Na minha, é a busca pelo profissional que quero ser.

Sabe aquele slogan do novo carro da Fiat, "você no comando"? É assim que me sinto. Aliás, como sempre me sinto. E a sensação de saber que você pode arriscar, que a vida é sua, que vc é o autor, é sensacional.

Foi a primeira vez em muito tempo que dormi tranqüilo, com a certeza da decisão certa tomada.