segunda-feira, 30 de abril de 2007

Crise dos aeroportos? Vocês não viram o metrô!

Está insuportável essa insistência da mídia em falar sobre crise dos aeroportos. Mais do que a crítica ao Jornal Nacional ou ao Globonews da vida, o que é mais absurdo é um veículo como o Destak, distribuído gratuitamente nos transportes públicos de São Paulo.

O aeroporto de Cumbica, em São Paulo, teve um movimento de pouco mais de 4 milhões e meio de pessoas durante todo o mês de março - uma média aproximada de 145 mil passageiros por dia. O problema enfrentado nos aeroportos é, sem dúvida, grave. E assim deve ser tratado pelas autoridades competentes, com a cobrança da impresa e da sociedade. Concordo plenamente com isso.

O que não entendo é porque a mesma cobrança não acontece para resolver problemas ainda mais graves, como dos transportes públicos, meio utilizado todos os dias pela maioria da população. O metrô da capital paulistana, por exemplo, tem um movimento de quase 2 milhões de passageiros por dia. E o caos está presente todos os dias. Quem já pegou metrô em horário de pico uma vez que seja sabe disso. Basta ir à estação da Sé em um dia útil, às 18 horas.. É exatamente o que se vê na foto: um curral humano.

Não discuto a qualidade do metrô, sua limpeza e eficiência. Nestes quesitos, o metrô paulistano é um dos melhores do mundo, seguramente. O que é questionável é o planejamento de estações - com estações demais em uma só linha, que gera um número absurdo de usuários. A integração ajuda financeiramente, mais aumentou mais ainda o número de passageiros no metrô.

Um jornal como o Destak colocar como manchete - como já aconteceu várias vezes - a crise dos aeroportos é, no mínimo, chamar os passageiros de imbecis. Sair do metrô com a camisa amassada pelo aperto dos milhares de usuários, pegar o jornal distribuído na saída e ler uma notícia dessa é o fim da picada.

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