sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Pobres, não!

Quarta-feira fui ao shopping Cidade Jardim, o mais novo de São Paulo. O local é para playboys que vão com seus carrinhos é mais apropriado para quem vai de carro. Até porque não há entrada, a não ser pelo estacionamento (eu disse estacionamento? Leia-se self parking ou valet parking).

Todo shopping tem uma praça de alimentação e um cinema, certo? Bom, há cinema no Cidade Jardim, mas praça de alimentação... Não. Ou melhor, há uma Baked Potato, onde você pode se deliciar com uma iguaria vendida somente lá: batata recheada com caviar.

Quer comer? Ok, basta se dirigir a um restaurante que fica bem no primeiro piso. Restaurante mesmo, com garçom, menu e tudo. Nada de lanchinho de R$ 15 (e eu xingando o Mc Donalds e Burguer King por serem caros...). Só prato que é difícil falar o nome.

Caminhando pelo shopping, vê-se Tiffany's, Luis Vuitton, Rolex e outras lojinhas que vendem pechinchas. Pior: a Rolex tava cheia. E o que eu vi de mais barato na vitrine tinha uma etiqueta de "R$ 2.000".

Ah, tem a Daslu. E com ofertas! Nas compras acima de R$ 5.000, eles parcelam em três vezes no American Express (Amex, para os íntimos). Na Livraria da Vila, onde foi o lançamento, algumas "obras de arte" como o livro sobre o Pelé, enorme, em capa dura, fotos incríveis e design impecável. O preço? R$ 5.200.

Não poderia deixar de falar das figuras pessoas. Vário modelos de Vitor Fasano, com suas camisas pólo em plena noite de quarta, suas sapatilhas caríssimas e perfumes que se espalham a metros de distância. E com seus filhos, com o modelo igual, só que júnior.

As moças, com acessórios que eu nem consegui contar, vestidos lindos, todas super bem vestidas e com jeito de "estou casual só porque aqui é um shopping". Perfumes deliciosos, cabelos brilhantes, dentes impecáveis, maquiagem não muito carregada, mas atraente. Sandálias e sapatos que devem custar mais do que um iPod Classic de 160 Gbytes. Pessoas bem cuidadas, sabe? Nem precisa nascer tão bonita assim para ser atraente - e mesmo assim, elas nascem!

Saí de lá com a sensação que tem MUITA gente com MUITA grana. E que esse dinheiro passa longe, bem longe de mim.