sábado, 31 de janeiro de 2009

1/4 de século

A primeira vez que ouvi essa expressão foi no aniversário dela. Achei engraçada e, bom, chegou a minha vez de usá-la. É chagado o aniversário de 25 anos - um número ímpar, mas ainda assim redondo.

É sempre bom receber carinho de pessoas que gostamos, isso é, sem dúvida, uma das melhores coisas do aniversário. Às vezes até lembramos de pessoas que estavam distantes, por razões que nem sabemos mais dizer, que o tempo colocou longe, mas que lembraram de você. Isso é sempre bom.

A parte que eu não gosto é organizar festa. Primeiro, porque não gosto de organizar esse tipo de coisa mesmo, até porque nunca não tenho dinheiro pra fazer algo de verdade. E programar balada de aniversário eu nunca gostei mesmo.

E aí que resolvi não programar nada para esse ano. Mas sempre rola uma pressão dos amigos, perguntando onde, como, etc. Se somar que minha irmã está internada, aí piora o cenário, porque a vontade de programar uma festa diminuiu - e também perco uma organizadora de eventos, que é o que minha irmã gosta de fazer.

De qualquer forma, o importante é comemorar os 25 anos, ainda que sem balada, só com família, talvez até fazer algo mais simples com os amigos, receber mensagens...

Aliás, como a imagem aí de baixo, que recebo todo ano do site da Internazionale, meu time na Itália. Todo ano eles mandam um parabéns para os usuários cadastrados, com a camisa do time com a idade do aniversariante como número. E pensar que quando eles mandaram pela primeira vez eu tinha 18...

domingo, 25 de janeiro de 2009

Os vícios das férias

Período de férias é ótimo para descansar. Sou dos que gostam de ficar em casa e aproveitar o tempo livre.

Tempo livre: taí algo realmente valioso na vida. Nos últimos quatro anos, esse foi algo raro para mim. Especialmente nos primeiros três, quando tive que enfrentar TCC em 2005 e cursinho pré-vestibular em 2006 e 2007 - tudo pelo sonho de chegar ao curso de jornalismo da USP.

Como nessas férias não estou trabalhando, pude fazer aquilo que há de melhor. Pude estar com a minha família, rever primos, avó, tios, passar um tempo com eles. Mesmo com todos eles morando em São Paulo, é muito difícil conseguir vê-los com frequência.

Fiquei em casa também, e aproveitei para criar alguns vícios. O primeiro é não acordar antes das 10h. Depois que fiquei sabendo que dormir pouco é realmente um problema para a saúde, parei de fazer como na época de cursinho - quando dormia 4h por noite.

Outro vício que criei foram as séries da TV por assinatura. Mas preciso fazer um parênteses sobre a TV a cabo antes.

Pedi para cancelar, para economizar, mas eles insistem em não virem cancelar. No fim, acabaram desistindo, não sei por que, e me ofereceram dois meses sem pagar "por eu ser cliente há muito tempo". Isso é verdade. Menos mal, não vou pagar, como preciso,

Voltando às séries. Estou viciado em Universal Channel. Parecia um canal tão pouco útil, mas de repente descobri que ele tem séries ótimas. O primeiro vício eu "herdei" da minha mãe: Law & Order: Special Victims Unit (procure em séries, não há link direto). Eles são investigadores de casos especiais: os crimes sexuais. Os casos são instigantes e os episódiso são sempre interessantes.

Law & Order: SVU originou-se de outra série muito interessante: Law & Order. A franquia princiapal trata de promotores que enfrentam casos difíceis para tentar fazer justiça. Com uma equipe de investigadores e dois advogados competentes liderados pelo promotor Mc Coy, a série mostra que muitas vezes a justiça precisa driblar a lei para ser feita.

Outra série que fiquei completamente viciado foi House. Primeiro, porque me identifiquei com o protagonista - chato, que pega no pé, fala o que quer (e que muitas vezes não é apropriado). Tanto que já disse que quero uma bengala daquela. Já que o serviço público de saúde não resolve meu problema no joelho, é capaz que eu fiquei como House: com um problema permanente (mas isso é outro assunto...).

Sempre tive vontade de acompanhar séries, mas ou não tinha TV a cabo, ou não tinha tempo. Agora, juntando os dois, percebi como é bom. Pena que as férias irão acabar e vai ficar mais difícil acompanhar cada uma delas...

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Sobre entrevistas de trabalho

Eis que abro o Orkut hoje e encontro a seguinte frase:
Sorte de hoje: A pontualidade é a virtude dos entediados (mas se você for a uma entrevista de emprego, não se atrase)
Lembrei daqueles momentos antes de uma entrevista. E daqueles muitos "gurus" que dizem o que devemos ou não fazer. Via de regra, roupa social, currículo em mãos, tomar a iniciativa e formalidade.

Sempre achei tudo isso um saco. É só uma entrevista, oras! E aí lembro dos mesmos gurus dizendo: "eles estão te avaliando em tudo". E acho mais chato ainda essas regrinhas.

Espere ali na salinha, ok?

Nessas últimas semanas, tenho ido a algumas entrevistas, principalmente para estágio. Particularmente, não costumo ficar nervoso para entrevistas e processos seletivos. Aprendi a ser bem tranquilo. E não gosto de ficar fazendo tipo. Sou humilde, mas não sou morto de fome para aceitar qualquer coisa. Com a constante falta de emprego, as empresas e os entrevistadores muitas vezes acham que você está ali ajoelhado, implorando para ser contratado.

Costumo dizer que em uma entrevista, não é só a empresa que me avalia: eu também avalio a empresa. Ora, cá entre nós, se a empresa é autoritária, metódica e arrogante desde a entrevista, o que você espera que ela seja quando você passa pela porta como funcionário?

Uma das coisas que me irritam em entrevistas são as perguntinhas prontas de RH:

- Quais suas principais qualidades? (paciência!)
- O que você espera estar fazendo daqui a dez anos? (não estar trabalhando aqui, com certeza!)
- Por que devo te contratar? (Por que eu deveria trabalhar aqui?)

Mas há boas entrevistas. No começo dessa semana fiz uma que me fez sair satisfeito. Perguntas interessantes, inteligentes, de quem quer ir além do óbvio.

Isso, por si, já é um bom sinal. Mas teve mais: uma mulher nova me entrevistou, com uma calça jeans e uma blusinha preta. Simples, bonito e sem frescuras.

Mais: fez um teste, uma simulação de uma realidade do trabalho, com condições parecidas. Uma boa forma de se avaliar a capacidade do candidato, além de dar a chance a este de sentir como é o trabalho e sentir se gosta.

Por fim, apresentou mais duas pessoas com quem possivelmente se irá trabalhar - mais uma chance para ambos os lados se avaliarem.

É, fazer entrevistas pode ser divertido. Seja porque o trabalho é promissor, seja porque essa coisa de entrevistas pode ser um circo. De todas as bobagens dicas que nos falam, talvez a única útil seja mesmo: não se atrase!

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Metalinguagem

Mil idéias. Vontade de transformar tudo em palavras. Um turbilhão de palavras, que se alinham em frases e, de repente, somem porque surge uma outra combinação, outras palavras, outras frases. Vontade de escrever tudo, falar sobre tudo, colocar tudo em um texto.
A entrada do ano de 2009, com a família, as mudanças, as lembranças do ano passado, quando a virada do ano foi só o começo... A Fuvest, que me tomou dois anos de preparação, era o prato do dia. Aliás, dos dias: de todos que antecederam os três dias de prova, iniciadas no primeiro final de semana do ano. Vi amigos passando pelo mesmo que passei, pensei o quanto isso mexe com a gente, o quanto transforma nossas vidas.

Pensei que mudou a minha vida. Que eu iria para Londrina, outra cidade, outra vida. Que acabou me dando a chance de conhecer pessoas que se tornaram amigos de um jeito incrível, como se já nos conhecessemos há anos. Como se a amizade já existisse e o que faltava era apenas se encontrar.

Em 2008, comecei o ano com um pedido. Mais: uma obssessão. Queria passar no vestibular. Só isso. Nenhum outro pedido. A realização desse pedido foi tão boa que só pude agradecer o resto do ano por isso. Por ter conseguido.

2009 começou e me perguntaram o que eu queria, quais era meus objetivos para 2009. Pensei e vi que não tinha nada tão claro quanto no ano anterior. Profissionalmente, não tenho pressa. Sei que uma hora ou outra virá algo bom. Tenho ótimos amigos, uma família que gosto. O que mais posso querer?

Pensei mais um pouco. Tive um ano sem grana. Do começo ao fim. Mas não ligo: minha preocupação é só não ficar devendo. O resto eu dou um jeito. Então, o que poderia querer? Pensei em escrever textos sobre quantas vezes já pedi muitas coisas, já coloquei muitos objetivos. Pensei, pensei, mas não escrevi.

Lembrei que foi um ano (ou mais um ano) que não encontrei muitas vezes meu coração. E quando o encontrei, não consegui dá-lo a ninguém. A quem eu quis, não se dispôs a tanto. Na verdade, foi só uma vez. Depois de muito tempo, me apaixonei por alguém. Embora não tenha dado em nada, já é alguma coisa. Pensei em escrever sobre isso, pensei em histórias, mas seria muito melhor escrever isso no Miguelar é preciso.

Para 2009, meu pedido é só que se mantenham as coisas boas de 2008. E que venham surpresas, que são sempre boas! E escrevi isso que acabaram de ler.