segunda-feira, 13 de julho de 2009

Sonhos que esmaecem


Os sonhos são coloridos. Tem aspecto de obra de arte, parecem doces, saborosos e realizá-los parece ser uma tarefa nobre. O problema é que a vida trata de pintar as etapas de cinza e jogar um sabor amargo logo depois da cobertura doce que vemos.

Abrir mão de algumas muitas coisas é necessário. Previsível, inclusive. Estava planejado. O dia a dia vai minando a beleza do futuro com a amargura do presente. As contas que vencem, o cheque especial que não zera nunca e o salário, que parece nem merecer esse título (aliás, não chama mesmo, o nome é bolsa-auxílio).

Pouco a pouco, fui abrindo mão de diversas coisas que, por serem coisas, achei que não fariam falta. Até que chegam os finais de semana, tenho que sair e lembro que abri mão do carro. Ou quando penso em trocar de computador para melhorar o desempenho e tenho que caçar financiamento, porque juntar dinheiro é impossível com o cheque especial comendo o dinheiro que entra.

Tem também a questão encontro com amigos, quando vemos onde cada um está, e as compração são quase imediatas e inevitáveis. A sensação de que falta algo aumenta.

Continuo achando que as muadanças valeram a pena, que os sacrifícios serão recompensados. Só que, às vezes, a vida é dura demais por mais tempo do que imaginava...

2 comentários:

  1. É, Lobo... Se é que isso ajuda, você não está sozinho. Parece ser inconciliável ter vida de gente grande, sendo ainda gente pequena (ou com grana curta). Algumas (muitas) coisas estão (muito) erradas.

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  2. E tem horas que me sinto tão cúmplice de você.

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