segunda-feira, 16 de março de 2009

Vida de jornalista estagiário

Trabalhar é algo que eu sinto falta. Por mais que canse, que às vezes irrite, que faça acordar cedo, pegar metrô e ônibus cheios... E mesmo que não sentisse falta, teria que trabalhar de qualquer jeito. Afinal, as contas não esperam (e dois meses sem receber fizeram um estrago no cheque especial).

Depois de quase um mês de trabalho, dá para sentir que é bem diferente do anterior. O jornalismo agora será mais presente. E tende a ser muito mais ainda, agora que estamos com mais planos. Tende a ser ainda mais jornalismo de apuração, e menos redação.

Mesmo sendo um começo, um estágio, considero uma vitória. Uma vitória em segunda etapa de uma idéia que surgiu alguns anos atrás, quando quis me tornar jornalista. Ainda mais podendo trabalhar em uma área que tenho afinidade, que é tecnologia.

Meu maior sonho jornalístico continua sendo cobrir uma Copa do Mundo. Em segundo lugar, uma Olimpíada. E, claro, trabalhar com esporte - e, espeficiamente, futebol. Mas aprendi a não ter pressa: o importante é ir trabalhando, aos poucos, e fazendo o que faço da melhor forma.

Sou estagiário, mas o trabalho tem sido bem interessante. Sem muitos corno-jobs, como é comum acontecer - e como já fiz muito na vida. Viver em noticiário é fascinante. Fico viciado em notícias e mais notícias.

Às vezes fico até pensando que em alguns casos, nós, jornalistas, escrevemos para nós mesmos (digo, para outros jornalistas lerem). Isso fica mais evidente em editorias mais "técnicas", de mídia especializada. Mas aí vem os leitores nos mostrar que, sim, eles estão atentos e lendo! Especialmente se for pra criticar - o que é ótimo, é disso precisamos: cada vez mais um público muito crítico.

De volta à vida normal de trabalho, mas ainda tentando se acertar na vida. Porque a vida é isso: um monte de rabisco que fazemos para tentar dar certo. Ninguém sabe se dará. E por enquanto, não tenho do que reclamar: rascunhieo jornalismo e já estou passando tudo a limpo.

Que venham mais desafios!

domingo, 15 de março de 2009

A ansiedade que consome o tempo

Paciência é algo que eu não tenho. Nunca tive muita, na verdade. Mas ansiedade é algo que eu sempre soube trabalhar em mim. Saber esperar é algo que eu tive que aprender, porque nada acontecia como eu queria, do jeito que eu queria.

O problema é que ansiedade é mais do que isso. Muito mais.

Acho que quando estou em casa estou descansando. Posso até estar, mas se penso em "gastar meu tempo" escrevendo para o blog, fico pensando se não podia estar fazendo outra coisa. É sempre um dilema entre o que eu quero e o que eu deveria fazer. E muitas vezes não faço nenhum dos dois.

Com o início das aulas, vieram os primeiros textos para ler - que eu ainda não li, embora a empolgação de começo de semestre ainda esteja ativa. Empolgação porque em todo início de semestre faço aquelas promessas inúteis difíceis de serem cumpridas: esse semestre vou me dedicar mais do que no anterior.

E chegou o final de semana, depois de um sábado agitado, e fico pensando: deveria estar começando a ler os textos. E por que não começo? Simplesmente esqueci de tirar as xerox. Não me planejei e novamente comecei o ano sem agenda.

No fim, fico com o meu jogo no computador, o futebol, uma saída com os amigos, seriados ou filmes na TV e até outras leituras, que não são exatamente as necessárias para a faculdade.

Mas ainda é tempo. O ano ainda está em seu terceiro mês, ainda tenho tempo de comprar uma agenda e tentar me organizar daqui pra frente.

Para quem pensava que controlava a ansiedade, às vezes é preciso cair na real. E tentar tratar isso, de alguma forma. Esse ritmo maluco de trabalho, com intensidade alta, embora em menos horas do que o anterior, aumentou essa sensação a ponto de eu conseguir percebê-la com mais clareza.

Aliás, tratamento é algo com que eu tenho tido problemas nos últimos tempos. Mas isso é assunto para outra hora...