sábado, 21 de junho de 2008

Afirmações negativas no silêncio

Tudo parece tão perto e tão longe.

O dia-a-dia não incomoda, mas cansa.
O tempo não é mal gasto, mas é escasso.
Os planos existem, mas são só rascunhos.
Há jeito, mas não há força.

O sonho é doce, mas falta sabor.
Algumas vezes há caminhos, mas não há direção.
Em outras, há destino, mas não há percurso.

Há signo, mas não há significado.
Há muita razão, mas há pouco sentimento.
Há coração, mas ele é de lata...

segunda-feira, 9 de junho de 2008

De volta à vida de proletário

Cof, cof, cof. Isso não é uma simulação.E nem é por causa do pó que está aqui.

Mais de uma semana sem uma palavra aqui. Claro que isto tem algum motivo. O principal é: acabou a vida de freelancer. E acabou seis meses depois de começar, sendo que os resultados até que foram razoáveis. Acabou porque não estava pagando as contas mais e, paralelamente, surgiu a chance de um trabalho fixo de novo. Com ares de ser bom. Olhei para as contas não pagas, para o meu celular cortado para fazer ligações e ... Não deu para negar.

Isso foi há pouco mais de uma semana. Com isso, perdi um dos meus bens mais preciosos, se não o mais: o tempo. Tem dias que tenho ficado em casa menos de oito horas. Muito menos: de cinco a seis.

Junte a isso também o fato de que uma gripe inocente se transformou em uma tosse que não me deixa mais dormir. Eu não pegava gripe há muito tempo, estimo que há uns dois anos. Nem sabia mais o que era isso.

Nos últimos meses, trabalhando em casa, eu ganhei uma qualidade de vida que não tinha antes. Comer em intervalos de três em três horas, dormir oito horas por dia, sem estresse. Assim, não há gripe que batesse à minha porta.

Bastaram alguns poucos dias dormindo miseravelmente pouco, ficando horas em transporte público e ficar sem almoçar e jantar, deixando de comer por muitas horas e pronto. Proteção zero para uma gripizinha de merda me atacar, se fortalecer e ganhar ares de desgraça.

Faz dois dias que não consigo dormir direito, porque fico tossindo a noite toda. Estou me entupindo de comprimidos para gripe e dor de cabeça e, desde sábado, xarope. Sem contar um chá de orégano, receita da minha vó que costuma funcionar bem. Mas até agora, o arsenal não tem dado conta.

Junte a isso também o fato de eu ter passado o sábado e o domingo inteiro ralando para dar conta dos freelances que eu peguei antes de começar a trabalhar full-time. Considerando que eu ainda estudo à noite, me sobra só o fim de semana mesmo. E não deu para terminar tudo. E o prazo final se aproxima.

Bom, é melhor que o trabalho seja mesmo bom. Em uma semana, não dá para avaliar muito. Só que estou sentindo falta de trabalhar sozinho, em casa, assistindo todos os programas de esporte dos canais pagos do assunto, me alimentando bem e dormindo o suficiente.

Um dia eu ainda volto. Quando as contas não estiverem me sufocando tão fortemente.