quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Lembranças de um ano bom, parte 2: FOLHA

Quando resolvi fazer jornalismo, foi por paixão. Escolhi o que meu coração dizia, desde 2003. Foi naquele ano que tive contato com a prática jornalística, em uma matéria do curso de Comunicação e Multimeios, na PUC-SP. Foi ali que comecei a escrever sobre esporte, em formato jornalístico, com matérias semanais para um site que faríamos.

Trabalhar com jornalismo era o meu sonho mais imediato. No caminho rumo ao curso de jornalismo da USP, tive uma grande oportunidade: um trabalho para uma das maiores editoras do país.

O freelance para a editora Abril, em 2006, quando escrevi textos para o Guia do Estudante 2007, foi incrível. Tomou todo meu tempo livre (que praticamente não existia, já que trabalhava em período integral e ainda fazia cursinho à noite). Fiquei sem dormir alguns dias. Mas valeu como início, como currículo e, principalmente, como experiência.

2008 começou espetacular. Passar no vestibular da USP para jornalismo e, logo em seguida, participar da semana de palestras da Folha de S. Paulo, um dos mais tradicionais jornais do país. Tinha me inscrito algumas vezes, mas nunca tinha sido selecionado.

Depois de uma semana de palestras ótima, surgiu a chance: um trabalho temporário para a editoria de Informática. Essa era uma área que eu tinha conhecimento, certa experiência. Eu sabia que tinha chance.

Mandei o currículo, concorri à vaga, fiz a prova e fui chamado. Isso ainda no primeiro dia de aula na faculdade. No segundo dia! Eu mal tinha começado e já tinha uma oportunidade de ouro. No começo, muitas dúvidas, um sistema novo, uma área nova. A Folha era uma gigante e eu, só um iniciante.

Editar, mexer em textos, revisar. Trabalho de redação, parecido com o que o antigo copydesk fazia. A vida na redação era fascinante, apesar de o tratamento ser sempre de um estrangeiro. O tema tecnologia me interessava e via nomes que eu lia mandando matérias para que eu revisasse (o Théo Azevedo, que hoje escreve para o UOL, além da Folha, foi o principal).

A primeira matéria não passou pelo editor. Já tinha ouvido muitas histórias de editores que execravam seus repórteres/redatores, mas não foi o caso. Ele simplesmente apontou algo que não gostou e, junto com um dos redatores, barrou a matéria. Normal.

Veio a oportunidade de fazer uma segunda matéria. Dessa vez, quase caiu no colo: o Flickr lançando o serviço de vídeo (só para assinantes UOL ou Folha). A primeira matéria publicada!

Veio, então, outra oportunidade: escrever outra matéria. Dessa vez, a matéria de capa, junto com a excelente Camila Rodrigues (hoje no UOL Tecnologia e no GigaBlog, blog da redação sobre tecnologia). O tema: GPS. Aproveitei dados e entrevistas que tinha feito para a primeira matéria para compor a segunda, sobre GPS em celulares (tb só para assinantes). Assinamos juntos a matéria "Navegadores desviam de vias principais".

Depois disso, fiz mais alguns trabalhos de redação e depois saí. Foi uma experiência incrível trabalhar por um curto período na Folha, escrever matéria e aprender um pouco mais. Certamente algo que ficou marcado. Mais um fato marcante de 2008!

Aos poucos, ganhei a chance de escrever uma matéria.

Nenhum comentário:

Postar um comentário