sábado, 26 de abril de 2008

Viagem aos pensamentos de um sábado

Uma coisa que tenho gostado de fazer ultimamente é dar espaço para minha tia-vó me dar seus conselhos, trazer a sua religiosidade, seus estudos sobre a bíblia e tudo mais, mesmo eu não tendo mais nada a ver com religião - ao contrário, a afastei da minha vida ainda na adolescência, quando senti algo parecido com o que Marx retrata na frase: "a religião é o ópio da humanidade".

São muitas razões para dar essa abertura a ela. Além de ter muito apreço e amor por alguém que ajudou a me criar, acho interessante pensar em novos pontos de vista - mesmo que discorde totalmente. Foi em uma dessas conversas que eu percebi: não tenho nenhum pedido, um desejo, um sonho imediato.

Não que eu não tenha sonhos. Ao contrário, os tenho aos montes. Mas sinto como se o objetivo mais latente foi alcançado esse ano, talvez com o maior esforço da minha vida. Eu tenho sonhos. Mas tenho tranquilidade. Depois dos dois últimos anos, aprendi a ter tranqüilidade e paciência para esperar pelo melhor. Nem tudo se resolve em seis meses.

Já fiz a associação da vida profissional e pessoal, onde em ambas sinto que a necessidade do novo me entorpece. Nem relacionamentos duradouros, nem empregos que duram muito tempo. Não é coincidência. É a ânsia de mudanças constantes, de sentir a liberdade que a falta de vínculo traz. Talvez porque em nenhum dos dois campos eu tenha vivido algo estável, duradouro e desejável por muito tempo.

Encontro amigos, conhecidos e as conversas sobre a vida divagam por muitas áreas diferentes. Lembro do final do meu primeiro curso universitário, quando um amigo da minha sala disse que eu era o mais bem colocado, profissionalmente, entre as pessoas do grupo de amigos.

Passados alguns anos, certamente esse "posto" não é meu. E o mais engraçado é que me orgulho disso! Me orgulho de ter me reinventado, buscado começar tudo de novo só porque eu quero senti o prazer de fazer o que gosto. Trabalhar não apenas pela necessidade sempre latente de ganhar dinheiro, mas para satisfazer os desejos pessoais, sorrir, fazer amigos, me realizar.

E o que seria a vida se não pudéssemos nos reinventar, reconstruir, reagir... Ou melhor: agir! Não tenho medo de perder o emprego, mudar a minha vida, ter que estudar muito mais, provavelmente para sempre. Se há um fogo de desejo da alma dentro de mim que eu mantenho acesso, então é o que importa.

Um comentário:

  1. Anônimo12:46 PM

    Oi, Fe. Tudo bem? Dá uma passadinha no meu blog e leia o post "Oito Coisas Que Eu Faria Antes de Morrer".
    Convidei você para uma pequena tarefa ao final do texto.
    Beijos!!!

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