terça-feira, 11 de março de 2008

Formação para informação

A minha vida como jornalista, oficialmente falando, começou na semana passada. Virei freelancer de um grande jornal de São Paulo na mesma semana que comecei a faculdade de jornalismo. As duas coisas não são ligadas apenas pela essência, o jornalismo. A relação é muito mais direta.

Estudei em uma grande universidade, a PUC-SP, em um curso pouco conhecido, Comunicação e Multimeios. O curso tem um aspecto inovador, mas ainda não tem identidade. A briga entre os departamentos que fornecem professores ao curso ainda parece distorcer, a cada nova administração da coordenação, o conceito do curso. O curso é bom, dá uma visão ótima sobre mídia, sobre como pensar comunicação. Mas saí sentindo que faltava algo mais. Muito mais.

É fato também que eu já era apaixonado por jornalismo desde pelo menos o segundo ano do curso, o que pode ter agravado essa sensação. Mas mesmo aos que saíram do curso satisfeito, essa impressão é comum. Ainda falta alguma coisa...

O curso da PUC-SP, teoricamente, me daria formação suficiente para trabalhar em um jornal, como jornalista.

Teoricamente.

Porque já me inscrevi outras vezes para trabalhar na grande mídia, mas sequer fui chamado para fazer provas. Bastou colocar "Jornalismo, USP" e parece que as coisas mudaram. Fui chamado para a semana de treinamento, com palestras sobre a profissão e o dia-a-dia de um jornal. E me inscrevi em uma vaga para freelancer do caderno de informática. Juntanto a minha experiência na área com a chancela de jornalismo da USP, vòila!

Por mais que muitos achem que o diploma é bobagem, que "qualquer pessoa com boa formação pode ser jornalista", o mercado diz que não. E muitas vezes ouvi a porta bater na minha cara porque eu não era jornalista. Mal comecei a faculdade e as coisas mudaram muito. Passei a fazer parte. Não julgo se isso é certo ou errado, porque seria uma avaliação estúpida. Até porque eu entendo e até conordo em alguns pontos sobre a tal obrigatoriedade do diploma para exercer a profissão de jornalista.

O que ficou bem claro para mim foi: a lei da obrigatoriedade pode até não existir. Mas o filtro dentro do mercado não irá se dissipar, ao menos a curto e médio prazo.

Um comentário:

  1. Oi Felipe! Parabéns pela aprovação! E pela paixão pelo jornalismo! Eu entendo esse teu sentimento perfeitamente =)

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