sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Redondo e afins


Estava hoje conversando com uma colega ecana sobre o tradicional jogo entre calouros e veteranos que haverá na semana que vem, na ECA quando surgiu na conversa uma comunidade do orkut chamada Penúltimo a ser escolhido. A descrição da comunidade é absolutamente genial:
Aula de educação física: hora de estabelecer definitivamente quem é quem na complicada estrutura social da sexta série. Você, um cara legal, gente boa, não pega mulher e coisa e tal. Os quatro capitães, com certezas dignas de um Luxemburgo da vida escolhem seus preferidos no futiba num espetáculo cuja previsibilidade sempre te assustou. O tempo vai passando, você se vê junto de um monte de nerds de tênis de basquete cano alto, vê sua situação se complicando cada vez mais. Finalmente, num instante de pura magia, o capitão te olha desconfiado dos pés à cabeça e te chama. Com a impáfia que apenas os fracos tem a coragem de demonstrar, você vai para junto de seu escrete olhando com ar de superioridade os pernas de pau que até um segundo antes compartilhavam da sua agonia. Você é o penúltimo a ser escolhido no seu time. Tendo passado por esta barra, você calmamente compõe a zaga durante os próximos 45 minutos, e ainda tem moral pra esculachar o babaca que ficou por último. A vida é doce.
Mesmo sem nunca ter sido craque de bola, sempre foi um dos primeiros a serem escolhidos na pelada. Mas o texto é muito bom! haha

E finalmente eu vou voltar a jogar bola! Já tinha virado quase um ex-jogador, mas agora a ECA vai resgatar a minha veia futebolística. Quando eu jogava, meu ídolo era o Fernando Redondo, volante argentino que jogou no Real Madrid e no Milan. Hoje, estou parecendo com ele mais pelo nome do que pelo futebol, mas enfim! hehe

De volta às quadras!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Signo, significado, significante

Obviamente que não quero falar dessa chatice que é semiótica. Estudei (obrigado) na faculdade e não pretendo repetir a experiência, a não ser que exista uma grande necessidade.

Quero falar aqui do significado consagrado da palavra signo, que é aquela coisa esotérica (alguns dizem que é científica, mas enfim). Aquela, que sua namorada lê no jornal e depois comenta com você, sabe? Ah, você quem lê e comenta? Whatever, é isso aí mesmo.

Leiam isso:
AQUÁRIO - O Amado. Otimista e honesto. Doce personalidade. Muito
independente. Inventivo e inteligente. Amigável e leal. Pode parecer não
emotivo. Pode ser um pouco rebelde. Muito teimoso, mas original e sem
igual. Atraente no lado de dentro e fora. Personalidade excêntrica. 11
anos de azar se você não remeter.

"Otimista". Eles precisam rever os conceitos. Sou tão negativo que se houver um imã com lado positivo virado pra mim, eu atraio.
"Doce personalidade". A única forma de usar isso comigo é para ser irônico.
"Personalidade excêntrica". Se ainda fosse personalidade forte, vá lá, temperamento difícil, ok. Mas excêntrica? Hum, não.

Também não vou dizer que é pura besteira. Vá lá, sou muito teimoso mesmo. MUITO. Um pouco rebelde? Sim, acho que sim. Minha amiga Tati diria que eu sou "revolucionário". Inventivo? Forçando um pouco, dá para aceitar. Original? Bom, se o anterior for verdadeiro, isso é bem possível.

Esse negócio de signo é como eu costumo dizer: eles jogam um monte de coisa. Uma ou outra vai grudar em você e fazer algum sentido. Então, você acredita no resto.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Trabalho também é prazer

Acredito tanto na frase que dá título a esse texto que já mudei de "carreira" duas vezes. Coloco carreira entre aspas porque não eram minhas. Eram o que a ocasião produziu, o que a necessidade criou, e de onde eu tirei boa parte do que consegui, seja como for.

Não eram minha carreiras, mas tirei o maior proveito possível delas. Fiz o que pude para dar o meu melhor, fazer o meu melhor e criar trabalhos significativos - não só para a empresa, mas para mim mesmo. Eu sou uma pessoa muito crítica e muito mais ainda auto-crítica - daí a dificuldade em ficar satisfeito com o que eu faço. Mas até tenho conseguido, às vezes.

Acredito muito em fazer o que se gosta. Foi por isso que eu escolhi jornalismo. Porque é isso que amo. Fiz o que pude para conseguir cursar jornalismo, e agora consegui entrar na faculdade de novo. Abri mão de um trabalho bom, interessante, ainda que não exatamente na minha área, para me dedicar ao vestibular e viver de freelances que, às vezes, pagam as contas. Troquei o certo pelo duvidoso. Olho para trás e vejo: valeu a pena. Ainda que não tivesse passado, teria a certeza que valeu do mesmo jeito, porque fiz o que achei melhor.

Faço parte da equipe do Remixando, um site colaborativo de histórias. E posso dizer, com toda Partycerteza, que é o trabalho que faço com o maior prazer até hoje. Fizemos a cobertura da Campus, o primeiro evento como Remixando. Foi sensacional, conseguimos resultados ótimos e plantamos sementes que colheremos no futuro, com certeza. Bom, é só pensar que estreamos no
evento como um site IG, o que já é fantástico.

O nosso slogna no Remixando é: "A nossa história a gente que escreve. Escreva a sua!". Levo isso tão a sério que a minha vida é assim. Eu escrevo, com erros e acertos, o que quero para mim. Nem sempre dá certo, mas a história é minha, sou autor da minha vida. Isso sempre tem um preço, e eu sempre acho que vale a pena.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Uma semana para a vida


Uia, bá, meu, mermão, guria, piá... Uma mistura de estilos, jeitos, culturas, lugares, mas todos com um objetivo: serem jornalistas da Folha. A mistura de sotaques foi uma marca da semana.

Cada dia uma forma de se conhecer. Uma pessoa diferente, um sotaque diferente, uma história diferente para contar. Cariocas, mineiros, gaúchos, catarinenses, brasilienses, paranaenses, cearenses e paulistas, claro. As descobertas não paravam, ao passo que tudo acontecia.

A semana foi passando, os dias começavam e terminavam e guadávamos, pouco a pouco, um pedaço de cada um dos que conversávamos. Quase todos jornalistas de formação, todos tinham experiências de vida, de trabalho para contar.

Chegamos à sexta sabendo que, talvez, ficaríamos muito tempo sem nos ver novamente. Talvez nem nos víssemos mais. Aí entra a Internet, que nos uniuu antes do encontro e será fundamental para mantermos contato. Essa mesma Internet, de onde eu tiro a maior parte do meu sustento. E onde eu quero levar o jornalismo.

O que aprendemos em cada palestra, cada exercício, cada interação, cada conversa, isso tudo é impagável. Guardamos nossas anotações não só em bloquinhos de papel com a marca da Folha de S. Paulo, mas também na nossa história, na nossa vida. E que fiquem algumas das pessoas que conhecemos, para lembrar.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

A vida na Campus Party

Sim, eu estou na Campus Party. Aliás, eu poderia dizer que estive, que estou e que estarei, porque até domingo ainda tem um certo chão, embora grande parte já tenha passado.

A minha missão aqui é muito mais do que pessoal. Fiz minha matrícula na ECA na segunda de manhã e à tarde eu estava aqui para começar a cobertura do evento pelo Remixando, do qual sou editor. Vou tentar dizer um pouco de como tem sido essa semana por aqui.

Área de imprensa
Chamada de aquário, reúne apenas os veículos da grande imprensa. Pequenos, como nós, não temos acesso. São muitas as desculpas que eles dão, mas isso não importa. Fato é: não faz a menor diferença. Aliás, melhor mesmo é ficar junto com as pessoas. É aqui que as coisas acontecem, onde as histórias existem. Os jornalistas que ficam çá dentro já foram muito satirizados. Já até colocaram uns dizeres em sufite colada nos vidros: "jornalistossauro", entre outras referências ao seres atrasados do jornalismo.

Conexão 5,5 Gb
É, é muito legal sim. Não fico fazendo download, porque meu computador não está aqui, ao contrário da maioria dos participantes. Mas pelo que consegui brincar, dá pra fazer uns estrago. Na navegação, sinceramente, não sinto muita diferença da conexão de 1 Mb em casa.

Morar na Bienal
Nunca gostei de acampamentos, não ia gostar de morar aqui mesmo. Por isso que eu dormi mesmo só um dia aqui, os outros eu passei trabalhando. Volto para casa durante o dia para me trocar, tomar banho e me alimentar decentemente - o que é impossível por aqui.

Repercursão do trabalho
Essa é a melhor parte. Além do prazer de fazer o que fazemos, ou seja, contar as histórias da Cammpus Party, ainda estamos conseguindo uma super repercursão. Estamos na home do IG todos os dias com as nossas chamadas. temos destaque no site do evento e na home de outros, como o Jornalistas da Web e Comunique-se. O vídeo que fizemos (mérito para o Fernando Silva, que tem uma grande visão sobre vídeo) passou na TV Cultura e ficou em destaque no site do evento e no Educarede. Já tivemos mais de 1500 visualizações do vídeo em dois dias.

Então, enquanto não estou por aqui, estou por lá. Aos que sentem saudades imensas do meu texto, dêem uma olhada no Remixando. Apesar de eu quase não dormir e estar imensamente cansado, vale a pena.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Da idéia ao sonho, do sonho à realidade

Se eu dissesse que não imaginava que isso ia acontecer, seria mentira. Se eu dissesse que já sabia, também o seria. Prefiro dizer, então, que foi assim que eu desejei e, enfim, aconteceu! Quase dois anos depeois do "projeto USP" iniciar, chego onde queria: aprovado no vestibular mais concorrido do Brasil para estudar na mais charmosa escola de comunicação que conheço: a ECA.

O sonho era ser jornalista. Na quinta série, minha professora de redação já dizia que eu devia seguir a profissão. Nunca dei ouvidos a ela. Queria computação gráfica. Acabei em Multimeios, trabalhando com comunicação e tive contato próximo com jornalismo. Bingo! Paixão à primeira vista.

Fui incentivado a desistir a, segundo me diziam, "estúpida" idéia de ser jornalista. Os argumentos foram muitos: não precisa de diploma, profissão generalista, ganha pouco, trabalha muito, é um curso desatualizado... Fui convencido. Não, não a desistir. Adiei a transferência de curso e troquei-a por um novo curso, assim que terminasse o que fazia.

Tentei imendar uma faculdade na outra. Entreguei o TCC em uma quarta e prestei o vestibular no domingo, da própria PUC, onde já estudava. É claro, foi um desastre. Decidi, então, recomeçar. E decidi fazer algo que não tinha feito antes: cursinho. Me preparar. E se ia me preparar, então que fosse para a USP, porque já tinha perdido a bolsa da PUC a essa altura mesmo...

Um ano de preparação. Intensa. Estudos em vários momentos que antes eram de lazer. Muito preparo, e uma consciência pesada quando não estudava. Deixava de estudar às vezes. No final, não deu. E agora?

E agora tem que começar de novo. Outro cursinho, outro ano dedicado a isso. Enquanto isso, minha vida profissional continuou totalmente em segundo plano. E quando passou a me atrapalhar, mudei de emprego. Foram duas mudanças durante o ano. E no final, uma mudança drástica: da vida regrada do emprego para a loucura de freelancer.

A mudança foi boa, me deu mais tempo para estudar, e a grana dava pra me manter, ao menos por um tempo. E o tempo para estudar mudou, e muito, a minha preparação. Deu muito mais consistência aos meus estudos, rendia muito mais.

Natal e ano novo com livro do lado. Festas, mas sempre dando uma lida aqui, um exercício ali... E chegaram as provas. Uma maratona de três dias. Entre altos e baixos, parece que foi tudo bem. E como saber? No ano anterior também pareceu tudo certo e não deu. O negócio era esperar.

Um mês de espera. Um purgatório. Veio o resultado da UEL, em Londrina, no meio do caminho: aprovado! Ao menos a profissão estava salva e uma faculdade garantida. Faltava agora mais três semanas para saber se minha casa seria em São Paulo ou Londrina...

No dia que sairia os resultados, estava trabalhando. É a melhor maneira de passar o tempo, diminuir a ansiedade. E de um "parabéns" no msn, fui ávido para as listas de aprovados disponíveis no portal - porque o site da Fuvest, claro, estava impossível. E lá estava meu nome, entre os aprovados! Finalmente, um ecano!

Daí em diante, foi um grito do fundo da alma, lágrimas e uma comemoração sozinho, porque não tinha ninguém em casa. Liguei para um monte de gente, segurando o choro para conseguir falar... A felicidade estava garantida e completa: jornalismo na ECA, onde eu sempre quis. Finalmente aquela etapa estava acabada!

Foram muitas mensagens de boas vindas no orkut - fruto dessa era orkutiana em que as pessoas te acham antes mesmo de encontrar com você na matrícula. Muitos "bem vindo bixo", "serão os melhores anos da sua vida", "nada é como a ECA", e muitos sorrisos. Agora, o sonho é realidade. E que venham os próximos!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Bah!

Faltam 4 dias para o resultado da Fuvest sair. São 4 longos e tortuosos dias. E penso nisso bem no meio do canrval. Carnaval? Bom, eu não costumo "pular" carnaval, então, o que gosto mesmo é o feriado. Feriado que não faz quase nenhuma diferença para mim, na prática.

Bom, talvez faça alguma diferença, porque as outras pessoas não trabalham. Mas meu domingo foi domingo como tantos outros: casa dos primos, casa da vó e volta para casa à noite.

A diferença foi a Lua, que estava linda. A sua companhia foi, sem dúvida, o ponto alto do dia/noite. Um ponto muito alto, diga-se de passagem!

Daqui quatro dias o meu humor estará melhor.

Ou não.