domingo, 30 de dezembro de 2007

A difícil missão com os livros

Fim de ano. Estar em casa, como em nenhum outro momento do ano. Aproveitar um raro tempo livre. E uma necessidade latente de estudar milhares de conteúdos que ainda não foram estudados com o afinco necessário para uma Fuvest.

Tudo parece distrair. O jogo do campeonato inglês na ESPN, a seleção dos melhores clipes dos anos 80 na VH1, o jornal com suas muitas páginas, o viciante jogo de técnico no computador... E os livros ali, para serem estudados.

Todos os dias eu consigo estudar ao menos um pouco. Até por uma questão de consciência tranquila. Mas ontem foi o primeiro dia - exceção ao dia de Natal, claro - que não estudei. Uma crise CDF grave.

Todos os dias prometo a mim mesmo que vou dormir cedo e acordar cedo no dia seguinte para estudar. Pffff... Todos os dias vou dormir às duas da manhã. Parece incrível que toda vez que eu resolvo ir para a cama de vez a hora é a mesma. E toda vez que eu acordo cedo não consigo levantar. Talvez um trauma de quem acordou às 5 da manhã o ano inteiro.

Levanto às 10, com vontade de tomar café, ler meu jornal... E já é mais de 11 horas. Quase meio-dia! Quando vejo... Já é à tarde, faço uns exercícios, achando que vou terminar todos de um setor. Mas não. Falta um monte ainda. E a Fuvest se aproxima, tal como um predador perseguindo sua presa, em uma maratona para ver quem cansa primeiro.

Espero que consiga reverter esse quadro. Ou será tudo uma loucura minha?

domingo, 23 de dezembro de 2007

Janeiro, março, dezembro...

Janeiro de 2007. O ano começou com a expectativa sobre a segunda fase da Fuvest 2007. O sonho brilhava nos meus olhos e fui para as provas sabendo que precisava de um desempenho espetacular para passar. Para vocês terem uma idéia, seria como uma final de campeonato em dois jogos e o meu time tivesse perdido o primeiro jogo por 3 a 0. Vencer o segundo jogo por 4 a 0 é missão difícil, mas não impossível.

Não deu.

O jogo acabou 2 a 0 para mim, com duas bolas na trave. Não passei na segunda fase da Fuvest.

O ano, então, começou para mim. Fuvest na cabeça desde março, quando resolvi voltar ao quadro negro, recomeçar a traçar a estratégia para, enfim, vencer a edição 2008.

A obsessão foi muito grande durante todo o ano. Ainda é, na verdade. Talvez por isso a sensação de que o ano começou lá em março e já está aqui, em dezembro. Tive a clara sensação de dèja vu, pela repetição da situação. Quando percebi que estávamos praticamente no natal, praticamente em 2008, me assustei: foi muito rápido.

Talvez porque a minha estrada tenha caminho único. Evitei todas as saídas possíveis, tentei fazer o mínimo de paradas necessário. A estrada é longa, exige atanção, dedicação, vontade. É como fazer uma viagem de carro do Oiapoque ao Chuí, sozinho.

Foi um ano corrido. E vai começar exatamente como começou esse: expectativa sobre a Fuvest. Este ano o placar adverso foi menor. Voltando à comparação com o futebol, seria como se esse ano eu tivesse perdido por 3 a 1 fora de casa. Como o gol fora de casa conta, uma vitória simples por 2 a 0 me dá a vaga dentro da ECA. Se eu mantiver o desempenho do ano passado ou melhorá-lo - como é a intenção -, a vaga fica muito, muito próxima.

Veremos se o carnaval virá recheado de alegrias.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Londrina, parte 2

Londrina, dezembro de 2007. Segunda fase da UEL. Hora de colocar o estudo à prova frente ao primeiro desafio de segunda fase - o segundo, ao que tudo indica, será nos dias 6, 7 e 8 de janeiro, na Fuvest.

Para começar, a indefinição foi a palavra de ordem (antítese?) na semana. Defini em cima da hora o roteiro de viagem. No fim, deu tudo certo: ônibus, hotel, local de prova. A viagem foi longa. Um pinga-pinga danado pelas cidades. Ourinhos, Cornélio Procópio, Ibirama... Ah, finalmente, Londrina! Aliás, como é linda a cidade. Até a rodoviária é bonita - projeto, aliás, do interminável Oscar Niemayer.

Um belo hotel, bem ao lado do Shopping Catuaí. Um quarto amplo, bonito, confortável. Duas camas de casal - quarto duplo, como é de praxe nessas excursões de vestibular. O local de prova era visível a olho nu da janela do meu quarto: a apenas um quilômetro.

Para minha surpresa, não dividi o quarto com desconhecidos, como da outra vez. Desta vez, por um acaso da vida, o meu companheiro de "cela" foi um cara do cursinho, um monitor lá do Anglo. Tinha encontrado com ele ainda na rodoviária, em São Paulo, mas eu não imaginava que dividiríamos o quarto.

A excursão ainda trouxe um grupo de Curitiba. E trouxe algumas beldades que chamaram a nossa atenção. Mesmo as paulistanas já eram bastante atraentes.

A prova de domingo foi tranquila. Fácil até demais, eu diria. Uma redação perigosa, mas nada de alarmante. Já o segundo dia, o meu desempenho foi um pouco pior, mas ainda bastante bom. Considerando que eu precisava passar duas pessoas em relação às posições da primeira fase, acredito que foi suficiente. O que será determinante será a redação - o que, a princípio, não será problema.

Quanto à cidade, mais uma vez não pude aproveitar como deveria. Pelo pouco que vi, a cidade é mesmo bonita e organizada. A Universidade Estadual de Londrina parece muito boa. É esperar para ver.

Depois do segundo dia de prova, fomos ao shopping para beber, claro! Chopp para cá e para lá, fomos buscar a prova para levar para São Paulo. Voltamos, mais alguns chopps e... Estamos atrasados! Comemos um lanche correndo - a última refeição tinha sido o café da manhã e já passava das oito da noite. Corremos para o hotel para encontrarmos uma amiga e irmos direto para a rodoviária.

Faltam 15 minutos para o embarque e sequer saímos do hotel. O táxi não chega. Quando entramos, dissemos: temos 10 minutos para estar na rodoviária! O taxista, entre piadas e comentários sobre a cidade, chegou a andar a 150 km/h em uma avenida. Chegamos à rodoviária dois minutos antes da partida. A tempo!

Depois, alguns comentários sobre a prova com outros sobreviventes, uma parada, alguns momentos de sono, algumas paradas e, finalmente, São Paulo. Já era manhã de terça. Mais uma fase terminada. Agora, é esperar o resultado em janeiro.