quinta-feira, 12 de julho de 2007

Política anti-encontros

Não é de hoje que perdi a vontade de ir a encontros. Tenho sempre a impressão que sei como começa e como termina. Tenha uma sensibilidade grande, sou observador e presto atenção em cada detalhe. Além disso, se eu não sentir uma atração violentamente forte, aquilo que alguns chamam de "química" - e talvez outros mais racionais chamassem de intuição -, eu sei que a coisa não vai.

Os meus encontros não são ruins. Talvez este seja um dos piores defeitos deles. Se fosse ruim, acabaria rápido, fácil, indolor. Mas não: são bons. Normalmente tem algum motivo para isso: ou a pessoa é amiga, ou é interessante, ou é bonita, ou é sexualmente atraente. Mas sempre, sempre, de forma superficial. Não as pessoas, mas o meu, hum, digamos, interesse.

Sendo tão superficiais, não demora a encontrar mais razões para não querer sair nem de casa do que para ver a pessoa. E aí começa o drama. Uma batalha interna entre tentar mais uma vez, porque, afinal, uma vez é pouco para avaliar ou então nem sair de casa, desmarcar e ficar vendo algum jogo do campeonato malasiano feminino sub-17 de futebol na televisão (em homenagem a um primo meu, que diz que eu vejo todo e qualquer campeonato de futebol que passa na televisão).

Depois, fico com peso na consciência de "dispensar" alguém que não me fez nada de mal, que tem qualidades, mas que simplesmente não mexeu com meu coração de lata. Me incomoda profundamente ter que passar por estas situações e viver encontros apenas bons. Porque o amor não suporta apenas "bom". Tem que ser ótimo, inteiro, completo, tem que ser beijos TODOS (expressão criada por ela)!

Diante dos fatos, declaro iniciada a política anti-encontro. Vigente a partir de agora e sem data para expirar.

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