domingo, 1 de outubro de 2006

O dia da morte do voto


Esta foi, sem dúvida, a eleição mais difícil das poucas que eu já tive. Nas outras, estava tão envolvido, trabalhei como mesário tinha certeza do meu voto. Desta vez foi diferente. Desde o começo, foi difícil escolher um candidato.

Só nesta semana, a última, defini alguns dos meus votos. Mas ainda assim, a falta de definição em relação a que candidato votar para presidente me preocupava. A preocupação continou durante todo o tempo, inclusive durante votação e mesmo depois dela. Voltei para casa com um peso de não ter escolhido um candidato, mas com a consciência que este foi um voto escolhido.

Não sou dos que acham que voto nulo é protesto. Para mim continua sendo abstenção. Por isso me senti tão mal ao me ver na situação de não gostar de nenhum candidato e ter que usar deste artifício.

Para todos os demais, consegui votar - ainda que com muita dificuldade. O peso do voto nulo me atormentou durante toda a campanha. Não me arrependo. Mas é muito difícil chegar a essa situação política no país.

Mais difícil ainda será votar no segundo turno. É muito difícil ponderar os lados, todos os itens que devem ser estudados. Pelo menos eu já sei em quem eu não votar - o que significa saber se meu voto será válido ou não.

E dá-lhe sentir-se mal novamente por isso.

Um comentário:

  1. Anônimo10:29 AM

    À rigor, nenhum voto é nulo. Alguém se favoreceu com isso. E eu sei que você sabe disso.

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