segunda-feira, 31 de julho de 2006

Spider Man 2

Crise existencial. Não saber qual é o rumo a tomar, ou o que fazer. O amor por uma mulher que vai se casar com outro. Confiança, que ficava em alta, agora abalada.

Eis que da crise surge a certeza. Não há nada pior do que a incerteza. Ao passo que ela acabou, tudo passa a se inverter, e passar de problema a solução. Volta da confiança, dos poderes, das responsabilidades, obrigações... Mas ainda há o amor por uma mulher que vai se casar.

Impasse?

A noiva foge da igreja. Sequer aparece por lá. Corre com seu enorme vestido branco pelas ruas, até chegar a um rapaz de óculos, a quem ela já disse amar. Extasiado, ele mal acredita no que vê. A mulher que ele ama, e que via casar-se com outro, agora estava ali, com ele, dizendo que o ama.

Com Peter Parker e Mary Jane funcionou. Pena que a coincidência não chegou a tanto.

terça-feira, 18 de julho de 2006

Fora de moda

Ouvindo aquela música "Tem dias" da banda Ksis (ok, não é uma grande banda, mas a música é divertida!), me identifiquei.

Não gosto de badalação na balada. Aliás, não gosto de balada. Curto outras coisas muito mais. Implico com o português dos outros. Adoro passar o dia vendo futebol na televisão. Deixo a braba crscer até ficar quase insuportável. Gosto de trabalhar. Gosto de estudar. Sou romântico. Não gosto de grude. Sou desencanado. Gosto de tudo arrumado. Me valorizo. Acho difícil me apaixonar. Me apaixono por casos impossíveis. Não perco a esperança. Sou teimoso. Gosto de ouvir música do Garbage, mesmo que pouca gente conheça.

É, devo estar mesmo meio fora de moda.

Tudo bem, não é uma letra filosófica, nem tem a melhor das melodias. Oras, mas estado de espírito, sabe como é?

Isso é identificação também.

Sei lá porque eu pensei nisso no meu segundo dia de férias... Aliás, férias de 5 dias. Restam 3.

segunda-feira, 10 de julho de 2006

É tetra!


Durante toda a Copa, a Itália não jogou exatamente ao seu estilo. Exceção ao jogo contra Estados Unidos - um empate sem graça com a expulsão de De Rossi por agressão -, a Azzurra foi um time aguerrido e agressivo no ataque. Não que tenha sido um time ofensivo - é a Itália, não esqueçam! -, mas um time que conseguia envolver o adversário quando quis.

Na final não. O time italiano foi bem... italiano. Jogou trancada atrás, com a melhor defesa do mundo dando espetáculo. O ataque foi lento, pouco participativo - muito em função do estilo de jogo da Itália.

É verdade que a França teve mais qualidade quando chegou ao ataque, principalmente por ter mais talentos individuais do que a squadra azzurra. A valentia e a competência italiana defensivamente tomaram conta do jogo, e o empate em 1 a 1 prevaleceu até os pênaltis. Foi tudo que a Itália quis. Converteu todas as cobranças, e sagrou-se tetra campeã mundial.

Pela segunda vez, uma decisão de Copa nos pênaltis. Pela segunda vez, o país vencedor da disputa é tetra.

domingo, 9 de julho de 2006

O Zizou Azzurri

Berlim - A Itália busca hoje colocar fim a um jejum de títulos. Desde 1982, ano que em que se sagrou campeã mundial pela terceira vez, a Azzurra não vence uma Copa do Mundo.
O sucesso do time de 2006 passa muito por um único personagem: Marcello Lippi. O Técnico, que antes da Squadra Azzurra comandou a Juventus, mudou o jeito da Itália jogar. O sempre muito comentado catenaccio - jogo muito defensivo que caracterizou o futebol italiano por muito tempo - foi deixado de lado. Não totalmente, claro, mas o técnico conseguiu fazer a Itália ser perigosa ofensivamente.
Daqui a pouco começa a decisão entrre Itália e França. O sucesso italiano tem muito a ver com seu camisa 10, um dos principais astros da squadra, mas que ainda não brilhou no mundial: Francesco Totti.
Totti é daqueles jogadores raros: aos 29 anos, nunca defendeu outro clube além da Roma - que o meia já declarou muitas vezes ser o seu time do coração.

Nesta Copa, o astro romano pretendia ser um grande destaque. Uma contusão em fevereiro complicou a situação, e Totti chegou ao mundial da Alemanha ainda contundido. A suas atuações não tiveram brilho. Chegou até a ser reserva. Mas fez também partidas boas, como a semifinal contra a Alemanha. Não foi brilhante, mas ajudou o time a chegar onde chegou.
Chegou a hora de brilhar. Totti exerce o mesmo papel de Zidane. Se o craque italiano conseguir desempenhar seu futebol, dificilmente a Itália vai ficar chupando dedo por mais quatro anos.

quinta-feira, 6 de julho de 2006

Allez le bleus

Um futebol eficaz, sem grandes brilhos, mas com a beleza necessária para uma vitória calma.

Calma? Bom, nem tanto. Portugal tentou sofocar os "bleus". Em algumas poucas ocasiões, até conseguiu criar algum perigo. A França se segurou, jogava no contra-ataque ou com um toque de bola no meio-campo.

Os bleus criaram alguns problemas para a defesa de Portugal quando atacavam com passes incessantes no meio-campo. Em uma destas trocas de passes, Henry driblou o zagueiro Fernando Meira, que o derrubou. Pênalti convertido por um jogador que deu dois passos para a cobrança, jogou no canto direito do goleiro e saiu para a comemoração: 1 a 0 França, gol de Zidade.

O organizado e concentrado time da França teve vontade e competência para se manter à frente no placar até o fim do jogo.

Na final, teremos um jogo de campeões do mundo: a tri Itália contra a campeã França. A Itália parece em um momento melhor, tem um time mais incisivo e muito equilíbrio. Mas em jogo de campeões de mundo em uma final de Copa, não dá pra dizer que um é favorito.

quarta-feira, 5 de julho de 2006

Coincidências...

Alguém lembra onde foi a Copa de '90?
Isso, foi na Itália.

Alguém lembra quem foi a seleção campeã?
Alemanha, isso mesmo.

Quem lembra qual foi a última vez que todos os semifinalistas eram europeus?
1982, na Copa da Espanha. Os semifinalistas foram Itália, Alemanha, França e Polônia.

Quem foi a campeã daquela Copa?
Itália, ao ganhar da Alemanha na final.

Sacou as coincidências?

L'Italia va avanti

Semifinal de Copa do Mundo. Alemanha, país-sede, melhor ataque, empolgado e com um time ousado.

Itália. Sempre acusada de jogar o "catenaccio", o jogo de resultado, feio, com goleadas por 1 a 0. Um time que ainda não pegou nenhum adversário de tradição (porque não concordo que não tenha enfrentado adversário fortes, haja visto seu grupo).

Um jogo truncado, sofrido, fechado. Domínio da Itália, com controle do meio-campo e algumas jogadas ofensivas. A Alemanha esbarra na forte, fortíssima marcação italiana. Entenda bem: forte marcação. Sim, pois ter a melhor defesa não basta, tem que saber jogar como tal. E jogou.

Cannavaro. Um zagueiro de 1,75 m e altura. Um gigante. Instransponível. Buffon. Um muro de pedra. Gattuso. Um carrapato, às vezes tão chato que até morde.

Totti. Uma estrela apagada durante a Copa. De fato, não brilha. Mas o toque de classe, seus passes eficientes e a visão de jogo contribuem muito para a equipe.

Um time ousado partiu pra cima do adversário em plena prorrogação. Acabou com o que é de praxe: times cautelosos, com medo de perder e não ter tempo de buscar o resultado.

Primeiro, o técnico italiano tirou um jogador de meio-campo, Camoranesi, para colocar um atacante, Iaquinta. Na prorrogação, o técnico chama Del Piero, meia-atacante. O pensamento geral foi: "Sai o Totti". O técnico saca Perrota, outro meio-campista. A Itália, do jogo de resultados, do "catenaccio", jogava com um "quadrado mágico": Totti, Del Piero, Iaquinta e Gilardino (que entrara no lugar de Luca Toni, no fim do tempo normal).

O futebol acabou premiando o jogo mais incisivo, mas ofensivo. Não, não no tempo normal: empate sem gols. Na prorrogação, uma batalha, com chances para os dois lados. Até que que tudo parecia encaminhado para os pênaltis.

Depois da cobrança de um escanteio, Pirlo, um dos destaques da Azzurra, faz uma assistência belíssima ao lateral Grosso, que chuta com curva e marca um bonito gol. Isso aos 14 minutos da prorrogação.

Desespero alemão.

Cannavaro. O zagueiro intercepta o ataque alemão, e puxa o contra-ataque italiano. Bola com Totti, que lança Gilardino. O atacante espera, toca para Del Piero, que com categoria, bate no ângulo.

Azzurra na final, em busca do tetra!

segunda-feira, 3 de julho de 2006

nó tático

Dentre os muitos comentários sobre a seleção que eu ouvi, destaco o melhor, disparado:
O problema é que o Parreira não joga Winning Eleven, por isso ele não entende de tática!

domingo, 2 de julho de 2006

Os melhores do mundo

Foi uma aula de futebol. A arte vence o anti-jogo. O jogo bonito venceu o jogo "de resultados".

O jogo foi um desfile de classe de um camisa 10 que provou, mais uma vez, que é o melhor do mundo. A classe com que dominava a bola, com que fez passes, deu chapéus, arrancou no meio-campo, fez assistências e cobrou faltas com bastante precisão.

Foi o jogo de um time que impôs o seu ritmo de jogo, ditou o que quis no jogo. Um time seguro de si, com grandes jogadores, e uma das maiores médias de idade entre as seleções da Copa. Tem alguns dos melhores jogadores do mundo. Não começou bem a Copa, mas é um time que sempre deve ser respeitado - como todos os campeões do mundo.

Parabéns ao melhor do mundo. O mágico camisa 10 que fez brilhar os olhos de quem gosta do futebol bonito. Finalmente, depois de um início de Copa medíocre, ele mostrou do que é capaz. E com a classe que mostrara outras vezes.

Parabéns Zidane. Parabéns França.